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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Vítimas da própria geração

O comportamento dos jovens vem mudando desenfreadamente. A cada geração surgem novas dúvidas, novos medos e desafios, novas maneiras de se vestir e falar, enfim, surgem novos hábitos. A adolescência, que um dia não existia, ficou culturalmente conhecida como a idade das descobertas. Como nos filmes americanos, que acredito serem os "inventores da adolescência", os jovens se mostram cada vez mais rebeldes, irresponsáveis e, por que não dizer, muitas vezes babacas que só pensam em festas e sexo.
Com o passar do tempo, perdeu-se velhos hábitos, gentilezas, cavalheirismo e romantismo. Para alguns jovens de hoje isso já saiu de moda e ao amor, já não lhe é dada a devida importância. Pobre daqueles reles românticos e românticas que ainda sonham com o amor perfeito. Ok, não existem pessoas perfeitas, logo o amor não é perfeito porém, vítimas de uma geração de babacas idólatras de sexo sofrem com esses novos hábitos.
A questão é que existem meninos e meninas que ainda gostam de dar e receber flores, de escrever cartas, de ouvir poesia e músicas no violão, de ouvir declarações e que gostam de demonstrações publicas de afeto. Por outro lado, há meninas que acham ridículas essas atitudes e preferem correr atrás de idiotas exibidos e com minhocas no cérebro. Assim como existem meninos que pensam que ser romântico é careta demais e que macho mesmo tem que ser autoritário e marrento. Por serem a maioria, é o que percebo, os jovens de novos hábitos acabam  ofuscando e reprimindo os últimos românticos. Em uma geração que prioriza o sexo e ignora os sentimentos, as vítimas são os que se sentem deslocados e que buscam por pessoas sensíveis e capazes de fazê-las felizes.
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra...
Luís Fernando Veríssimo
                                 
                                   

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