Um dia após "o fim do mundo" e, lá estava eu, no fim do mundo. Pelo menos não existe outra expressão capaz de descrever um lugar onde precisava-se caminhar mais de 10 minutos para encontrar um mercado mais próximo ou a escola mais próxima. Tudo bem, eu não fui parar lá contra a minha vontade, na verdade, eu quis ir, Um lugar calmo e sem tumulto, onde desse pra pensar um pouco na vida e não pensar em nada ao mesmo tempo. Enfim, Vacaria é uma cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, e foi naquele lugar verde e úmido (alguma semelhança com Forks?) que minha mãe nasceu e cresceu até seus 15 anos de idade.
Não é o tipo de lugar que você espera o ano todo para passar as férias, ele é, pelo menos para mim, um lugar cheio de histórias para ouvir assim como, para minha mãe, é um lugar cheio de lembranças e histórias pra contar. Eu ainda tinha mais algum tempo pra ficar em Vacaria antes de vir embora, de volta para a correria de Caxias do Sul, de volta para a vida normal, e enquanto esse dia não chegava, eu continuava lá, de vez em quando debruçada na janela, olhando para a vasta floresta verde de eucaliptos enormes, de vez em quando distraída, com o trem que passava logo ali, acima do morro.
Catedral Nossa Senhora da Oliveira. Detalhe: ela é toda feita de pedra. |
Impressões:
- A prima da minha mãe, tem um cachorro magrelo chamado Bolota; ¬¬
- A gente caminha 10 min pra encontrar um mercado e em mais 30 min chega-se no centro da cidade;
- O centro de Cultura, Casa do Povo foi projetado por Oscar Niemeyer;
- O centro da cidade parece muito com o de uma cidade cenográfica;
- Pra qualquer lugar que você olhe, você ve muito verde;
- Se Vacaria te faz lembrar de vaca, então você está certo, existem muitas lá e cavalos também;
- O trem leva mais de três minutos para sumir completamente do seu campo de visão;
- Andar pelos trilhos em dias quentes não é uma boa ideia.
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